quinta-feira, 10 de maio de 2007

Stone Roses


Os Stone Roses formaram-se em Manchester quando decorria o ano de 1985 e foram buscar a inspiração para o seu nome a duas bandas distintas: os English Rose e, quem mais poderia ser, os Rolling Stones. Da formação inicial faziam parte Ian Brown(vocalista) e John Squire (guitarrista e vocalista), antigos companheiros de escola a quem se juntaria também Reni (Alan Wren) na bateria. Começaram por tocar nos arredores de Manchester e, apesar do som que faziam estar ainda longe daquele que viria a ser a sua imagem de marca, os Stone Roses conseguiram desde logo reunir uma mini-legião de fãs. Mais virados para um estilo agressivo, lançaram o seu primeiro single, So Young/Tell Me, pela mão de Martin Hannett, parceria que resultou num fracasso e que contribuiu para a ideia de que os Stones Roses não estavam na moda.

Os dois primeiros anos da banda deram os seus frutos no que diz respeito à sua auto-confiança e também à direcção que a sua música tomou. As melodias sobrepuseram-se à agressividade, a bateria de Reni tomou um lugar central e Brown descobriu uma maior suavidade na maneira de usar a sua voz. Em 1989 lançaram o seu primeiro álbum, The Stone Roses, que passou a ser considerado como um dos discos fundamentais da história da música inglesa. Dele fazem parte canções como I Wanna Be Adored, I Am The Ressurection ou Fool's Gold, em que a banda demonstrava estar não só atenta ao rock que tinha sido feito nos anos 60 mas também a um certo psicadelismo visionário, o que demonstra que estava claramente à frente do seu tempo.

No final do ano de 1989, os Stone Roses eram já respeitados e considerados como líderes de um movimento de bandas que tinha como base a fusão das guitarras do rock com o acid house que vingava nesses anos. Em 1990, organizaram o seu próprio festival, provando que as bandas mais alternativas podiam também encher grandes recintos, espaços até aqui reservados a banda de cariz pop como os U2. Após este bom momento, os Stone Roses ficaram quatro anos sem lançar qualquer álbum de originais devido à batalha legal que tinham com a sua editora, a Silvertone. Esta paragem teve, obviamente, os seus efeitos negativos: afastou a banda do público quando este estava claramente rendido à novidade e obrigou a uma pausa na sua criatividade.

Depois de resolvido o imbróglio judicial, os Stone Roses acabaram por assinar com a Geffen, lançando assim em 1994 o seu segundo longa duração, Second Coming. Muito do público e da empresa especializada considerou este álbum muito inferior à estreia da banda. O afastamento da onda psicadélica e a aproximação a uma música de tradição mais blues e mais folk abalou a base de fãs da banda. A somar a estas críticas menos positivas esteve também o aparecimento do britpop e, com ele, de bandas cujo som era devedor dos... Stone Roses.

Em 1995, Reni abandonou a banda e marcou desta maneira o início do fim dos Stone Roses. Já com uma tour marcada no Reino Unido, a banda sofre mais um revés: John Squire tinha tido um acidente de viação nos Estados Unidos e não poderia tocar. Os fãs da banda manifestaram expressamente o seu desagrado pela sua ausência dos palcos. O ano de 1996 viu também a saída de Squire, aparentemente sem qualquer motivo, o que provocou alguns ressentimentos no seio da banda. Depois de uma prestação desastrosa em Reading, em que os fãs vaiaram a banda e atiraram inúmeros objectos para o palco, os Stone Roses deram a sua actividade por terminada. E assim, de uma forma ingrata e inesperada, terminou a carreira de uma banda que já tinha sido the next big thing.


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